Holerite

O esforço, a alegria e a criatividade de um menino pobre para enfrentar a vida no interior mineiro, no início dos anos 70, formam o coração desta história baseada em fatos reais.
Ademir de Sena

Ademir de Sena nasceu em 1958, em Naque, quando o lugar ainda fazia parte de Açucena, MG. Aos 18 anos, começou a trabalhar como inspetor de qualidade na Usiminas. Voltou a estudar e fez o curso técnico de Mecânica Industrial. Aposentou-se na mesma empresa após 32 anos de atividades.

O segundo filho da professora Naná e do lavrador Nenêgo aprendeu a vencer a escassez com força de trabalho. No contraturno da escola, Ademir e o irmão José quebravam pedras, usadas na construção de uma ponte. Vendeu sorvete, engraxou sapato, plantou capim, vendeu galinhas, laranja e tentou construir uma vendinha em frente de casa pra vender banana verde do quintal.

Para criar sua história, Ademir voltou no tempo. Mais especificamente para 1972, período da construção das canaletas às margens dos trilhos para escoamento das águas. Com Ismar, seu outro irmão, subia no caminhão com os trabalhadores, às 6 da manhã, e serviam pão com manteiga no canteiro de obra. Depois das vendas, ouviam uns causos antes de pegar a rodovia à pé de volta para casa. Às vezes, iam com o caminhoneiro até a cidade vizinha buscar água num bicão somente pra conhecer outros lugares.

Esta história será contada por Ademir, na tela, no curta “O Tempo Era 1972”.

Diário de Bordo

Período de gravações: 13 a 15 de fevereiro de 2023

Objetos de Cena e Pré-produção

Ademir cuidou dos mínimos detalhes antes do início das filmagens. Os objetos usados na época (1972) e o caminhão serão usados no cenário e nas cenas do filme que começa a ser gravado, segunda, 13 de fevereiro de 2023.

Conhecendo as locações

A equipe chegou a Naque um dia antes do início das filmagens. Além de uma breve reunião com Ademir para se inteirar da pré-produção local que, aliás, foi impecável, o grupo conheceu algumas das locações onde seriam feitas as filmagens.

Primeiras cenas

Depois de acertar os figurinos, que são roupas “normais” mas precisam parecer de 1972, começaram as gravações de fato. Primeiro na escola, e depois na padaria do Seu Dodô, onde os meninos compravam o pão para fazer os lanches que vendiam nas obras da ferrovia. Dodô Padeiro, aliás, está interpretando ele mesmo! O nome dele é Joaquim, mas todos o conhecem como Dodô desde 1972, quando já era o dono da padaria que os meninos frequentavam, 51 anos atrás.

O café da manhã

Filmes que contam histórias de família têm que ter uma cena do café da manhã! Mas que foi gravada depois do almoço. O cenário era a casa de Ademir. A locação foi os fundos da cozinha de um restaurante, que tinha um fogão à lenha, como na época. A ambientação contou ainda com objetos cuidadosamente selecionados por Ademir, como a louça e o moedor de café.

Só emoção na volta dos meninos no fim do dia

Ainda neste cenário foi feita a cena do fim da tarde: a chegada dos meninos em casa e a entrega do dinheiro das vendas para a mãe. O dia rendeu um dos momentos mais emocionantes desta produção quando, ao final da última cena, após o “corta!”, Miguel olha para o avô e pergunta: “Tá chorando, vô?”. Ele só sorri, com os olhos cheios d’água.

Brincadeiras de meninos

No fim do dia os três meninos foram para a rua brincar. Três, porque Ademir virou menino também ensinando aos netos como ele brincava aos 13 anos. Os brinquedos que Ademir e o irmão construíam também foram fabricados por ele, hoje, para as filmagens. Na verdade, brinquedos e brincadeiras, já que, na época, qualquer coisa, como um carrinho de madeira usado no trabalho, facilmente virava diversão na mão das crianças.

“Não adianta fazer cinema se não tiver ninguém para assistir!”

Naque, MG - 13/07

Sábias palavras de Ademir de Sena na estreia lotada de seu filme “Holerite”. Mas isso não foi problema, porque tinha gente até nas varandas do prédio da padaria Ki Delícia, cenário da história que, não por acaso, fica na avenida onde foi montado o cinema.

Parentes, atrizes, atores

Naque, MG - 13/07

Atuando no filme estava uma boa parte da família. A irmã no papel da mãe de Ademir; o sobrinho no papel do pai e os netos, claro, como o próprio Ademir e o irmão, Tuca. Já os trabalhadores na estrada de ferro, muitos amigos de longa data. Alguns até estavam, de fato, nesta obra, na época do filme.

Primeiro filme em Naque

Naque, MG - 13/07

Seu Ademir já era muito querido na cidade. Agora virou mesmo uma celebridade ao realizar o primeiro filme de Naque, município com pouco mais de 6000 habitantes, em MG.

Oficinas

Durante as oficinas, cada diretor filmou uma cena de seu roteiro usando colegas e professores como atores e técnicos. As filmagens ficaram por conta de Ana Rezende, professora e diretora de fotografia. Com a atividade, experimentaram na prática não só a direção de fotografia, como diversos aspectos de uma produção audiovisual como a execução do roteiro e plano de filmagem, produção, som, direção de arte, e direção de atores.

Experiência de cena

Cena do filme

Na imprensa

Rádio Mundo Melhor

Leste de Minas recebe gravações do projeto Curta Vitória a Minas II
16/02/2023

Portal N

Artista ipatinguense tem história contada no projeto Curta Vitória a Minas
09/02/2023

Diário Popular de MG

Vale do Aço recebe gravações do Curta Vitória a Minas II
04/02/2023

Diário Popular Minas Gerais

“O Tempo era 1972” volta ao passado para transformar memórias em filme
14/02/2023

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